sexta-feira, 12 de março de 2010

Subitamente

Escutei um ruído vindo do jardim. Não sei dizer se o som me agradou ou não. Às vezes acho que estava a espera deste momento, ás vezes acho que nunca estarei preparada para tal situação.
Queria dar uma espiadinha no futuro para decidir o que farei agora: abro a porta e vou até lá, olho da janela ou me escondo debaixo das minhas cobertas?
O ruído está aumentando, chegando mais perto. Talvez já seja até um barulho. Será que tem mais alguém ouvindo? Será que esse é realmente um motivo para eu me esconder?
Acho que vou aumentar o volume do meu som. Não sei enfrentar o que está do lado de lá da porta. Prefiro ficar aqui quietinha assistindo um filme que eu já sei o final, mas torcendo para o que está lá fora entre subitamente e não me dê tempo de pensar o que fazer.

terça-feira, 9 de março de 2010

Descobertas

Era uma vez uma menininha que

acreditava que o mundo era perfeito.

Para ela as pessoas diziam sempre a

verdade e faziam sempre o bem.

Esta menininha foi crescendo e se tornou uma garotinha.

Ela continuava a acreditar que o mundo era belo porém,

já sabia que existiam pessoas más, na sua ingenuidade,

essas pessoas más (aquelas que mentem e fazem o mal) existiam,

mas beeeeeem longe de onde ela vivia.

A garotinha continuou crescendo e se tornou uma mocinha.

Para ela o mundo era bom e, com a exceção das

pessoas falsas e maldosas,

o mundo era maravilhoso.

Essa mocinha cresceu e se tornou uma moça

cheia de deveres e obrigações.

Ela acreditava em um mundo justo e queria distancia

das pessoas que não faziam,

pelo menos, o possível para que o mundo fosse melhor.

A moça cresceu e se tornou uma jovem e,

como a maioria dos jovens,

a impulsividade tomou conta de suas ações e reações.

Falava o que pensava e vivia o que achava ser certo.

Isso incomodava algumas pessoas próximas a ela.

Assim, a jovem, em sua inocência, deixou para trás a bondade e,

ainda mais ingênua, acreditava que o que realmente

valia era a verdade e a justiça.

Pobre jovem!

Descobriu que sua verdade não passava de uma mentira

e que a justiça não dependia apenas dela.

Descobriu que a felicidade, na verdade,

vivia em um mundo beeeeeem distante,

onde ela, talvez, nunca pudesse chegar.