segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O que é que tem?

As noites escuras não trazem mais tanto medo. Os erros já podem ser corrigidos. O passado já não importa mais. O sorriso é certo. As mãos não estão sozinhas. Os pés sabem para onde ir. Sol ou chuva, tanto faz. Cinema, praça, comida, telefone... E aqui estou eu! Continuo querendo férias, descanso, dinheiro e paz. Continuo querendo ser eu. Continuo sonhando. Sonhos novos. Velhos desafios repaginados. Sinto que encontrei meu lugar. Mas ainda preciso ir embora. Penso em como tudo ainda vai melhorar. Verdades renovadas. Momentos eternizados. Coração desacelerado. Tranquilidade. Um pouco de stress às vezes. Um nervosismo de leve. Calar. Falar. Ser. Viver. Querer. Esquecer. Se perder. Esperar. Descontrolar.
Estou abrindo o jogo. Sem disfarces...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Piedade

Várias coisas ficam rodando na minha cabeça. E me pego pensando na superficialidade dos meus relacionamentos. Penso em como a sociedade em que vivemos nos faz indiferentes às nossas vontades. Vai o tempo, vai a vida... e nós ficamos. Esperamos demais, somos de menos. Barreiras, desculpas, motivos... tanto faz. A verdade é que estamos fadados a viver o que tem que ser vivido e não o que queremos viver. É possível viver o que acreditamos, só é mais difícil. O custo é alto e nem sempre seremos compreendidos. Mas, qual é o preço que se paga para viver sem ser? Qual o custo de se anular? De um tempo pra cá e hoje ainda mais, percebo que não é isso que quero para mim. Só não consegui, ainda, fazer as coisas do jeito que acho melhor. Ainda tenho muito medo de me desprender. Sou bicho do mato criado na cidade grande, arisco. Medonho e medroso. Minha característica mais marcante foi, durante muito tempo, a frieza. Fria para falar, cuspia pedras nos ouvidos alheios. Fria para escrever, riscava rispidez em todos papéis que apareciam perto de mim. Fria para agir, feria tudo e qualquer coisa que vinha ao meu encontro. Fria para sentir, dilacerei meu coração inúmeras vezes. Rude, cruel e indiferente machuquei e fui machucada tanto que nem sei mais contar... E esse meu coração destroçado, hoje, bate apertado. Dolorido, finge estar bem. Sofrido, tenta disfarçar, distrair, fugir daqui de dentro. Não posso mais seguir assim. Já vi que não dá certo ser o que o mundo espera de mim. E o que é que eu espero? O tempo está descendo pelo ralo sem nem mesmo molhar meus pés. E eu continuo aqui, sentada, vendo a vida se despedir. Só querer mudar é muito pouco. Preciso agir. E tem que ser rápido! O cortejo já passou e não há mais o que saudar. O que foi, não volta mais, é só saudade. O que virá, chegará aos berros. Muito mais rápido e dolorido do que possamos imaginar. Mude! Saia já daí! Acorde! Assuma! Sou gente. Gente que sente, gente que sofre, gente que ama. Sou gente de bem. Gente que quer justiça. Gente que espera ouvir pedidos de desculpa de quem a fez mal. Gente que precisa aprender a perdoar (os outros e a si mesma). Gente que sonha.
Gente, me salvem disso aqui!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ordinariamente

Me sinto medíocre. Não consigo alinhar meus ideais às minhas minhas atitudes. Estou me expondo ao ridículo e preciso (urgente!) achar uma saída. Gostar do que se faz, não necessariamente significa saber fazer. Ter interesse pelo que se faz, não obrigatoriamente é o mesmo que estar motivado a fazer. Quando precisamos mudar drasticamente a finalidade para que trabalhamos, é porque chegou a hora de ser audaz. Ou você (re)encontra o sentido daquilo que  está fazendo e/ou onde faz, ou vai procurar sentido no que ainda não conhece. Assumir essa verdade é angustiante e pode trazer uma sensação de derrota. Não posso me deixar abater, toda e qualquer força será necessária nessa hora. Percebo que as coisas vão acontecendo e nossa vida vai nos amarrando pouco a pouco no nosso destino. Talvez, por isso seja tão difícil mudar. A medida que tentamos nos soltar, sentimos as cordas invisíveis puxando e incomodando alguma parte de nós. A corda pode estar no nosso orgulho, no nosso bolso, no nosso sonho, na expectativa do outro, no medo da mudança, na preguiça de recomeçar, no comodismo... Ter uma visão crítica de si mesmo tende a ser perigoso. A questão é delicada porque, muitas vezes, não sabemos dosar e direcionar essa crítica. Olhar por dentro da situação faz com que nos fechemos. Estou me perdendo em mim. Corro o risco de voltar a estaca zero...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Folia

Dizem que é frieza, mas não, apenas não sou dona de tudo. Não tenho o direito de pensar diferente. É claro que, por dentro, algo me diz que eu gostaria que fosse de outro jeito, mas não é. E tendo em vista o momento atual, não é possível. Estou dizendo do meu momento atual. Por mais que queira deixar a antiga Aline de lado, não pode ser a qualquer custo. Estou ciente de que posso me arrepender dessa decisão, mas ainda não estou preparada para isso. Queria muito, porém, atropelar as coisas me faria sofrer ainda mais. Espero que dê tudo certo. Por um lado serão alguns dias (provavelmente) angustiantes, ansiosos e demorados. O outro lado, será um pouco mais alegre, rápido e relaxante. Como tudo tem, no mínimo, dois lados, o importante é que todas as partes estejam seguras do que estão vivendo. Eu estou! E estou torcendo  para que esses dias passem logo... Esses e as próximas 23 semanas... E esse ano todo! Tenho necessidade de coisas concretas. Quero tudo consolidado. Almejo certezas. Que o tempo seja sutil e generoso. Estou na torcida! Só esperando o mundo voltar a sorrir...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Vidinha chata

Odeio ser voto vencido em coisas que só dizem respeito a mim.
Odeio querer dividir minhas coisas e ser julgada sem ter o direito de explicar o meu lado.
Odeio quando as pessoas acham que eu sou posse delas.
Odeio ter que explicar coisas que só eu entendo.
Odeio quem age como se mandasse na minha vida.
Odeio quem faz da gente o que quer e não aceita brincadeiras.
Odeio quem não sabe respeitar os limites do bom senso.
Odeio me expor sem necessidade e acabar na berlinda por isso.
Odeio me sentir com raiva.
Odeio me estressar por motivos desnecessários.
Odeio quando as coisas não saem do jeito que eu planejei.
Odeio ter que me justificar.
Odeio ter que esperar.
Odeio estragar meu dia por motivos bobos.
Odeio fazer o que acho que tenho que fazer e não o que gostaria de fazer.
Odeio me sentir na obrigação de ter que agradar os outros.
Odeio não estar no comando da minha vida.
Odeio não ser respeitada.
Odeio não me respeitar.
Odeio quando perco o controle.
Odeio ser cobrada.
Odeio me sentir pior do que sou.
Odeio não poder relaxar e fazer minha vida ser do jeito que eu gostaria.
Tem dias que me odeio...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Guia


Já perdi o controle. Nem sei dizer se já estive no comando...
Não consigo pensar em outra coisa. Minha mente está completamente tomada!
O que será que o futuro nos reserva?

Medo...
Medo...
Medo...
MEDO!!!

Não sei me expressar. Não consigo me livrar de todas as amarras que me prendem desde sempre. 

Muita coisa passa pela minha cabeça. Muitas dela escorregam pela caneta e se esparramam no papel, cuidadosamente apago cada vestígio do que queria que todos soubessem. Nego o que sinto para me defender, me escondo para não perder. Perco por me esconder. Continuo atrás do muro. Dentro da caixa. Reprimindo o que não precisa ser reprimido. Sonhando sem agir. Deixando subentendido o que pode ser descarado.

Os dias, apesar de terem sido mais leves, ainda trazem a angústia de viver.
Por mais que eu queira passar por cima de tudo, ainda tenho limites que me impedem.
Preciso que me dê uma nova chance a cada minuto. Permita que eu seja quem eu realmente sou e não se assuste com isso. Não me vejo mais sozinha. Não quero mais que seja assim.

O meu jeito óbvio de ser precisa ser esquecido. Antes que eu me esqueça quem eu quero ser.