domingo, 28 de abril de 2013

Leaving Babylon


Lá vem essa tal segunda feira batendo na porta outra vez... me deixa! Quero meu fim de semana de volta... quero uma vida mais leve... quero quintas, sextas, sábados e domingos felizes. Quero risos, abraços, carinhos, beijos e a certeza de que esse é o meu lugar pra sempre. Sai de mim infelicidade! Xô cansaço!

Cada dia mais me dou conta de que preciso descobrir qual é o caminho que me faz ser melhor, esse negócio de dar muitos passos na direção do nada já não me satisfaz mais. Percebo o quanto deixo de viver por não saber viver, por não ter coragem de seguir o que está dentro de mim.

É sempre assim: sonho, me empolgo, vou atrás, consigo o que quero, fico mega feliz, tudo é lindo... aí vem a realidade, as imperfeições, os problemas e os questionamentos... Canso, desanimo, me entrego, desisto! Sei que o mundo não é perfeito, só não aprendi a lidar com isso ainda.

Quando sonho em jogar tudo pro alto e começar do zero, fico com medo de me arrepender e ser tarde demais. Mas nunca é tarde demais para quem sabe onde quer ir. E é nesse ponto que me estagno. Não sei onde quero ir, não sei onde quero chegar. É tudo muito abstrato na minha cabeça. Sei que quero ser feliz! Como, onde, quando, com quem... não sei. Quero ser feliz e só.

Quero acordar com vontade de viver, dormir e conseguir descansar, ter motivos para sorrir durante o dia, ver as pessoas que gosto durante a semana... sei bem que temos que trabalhar e estudar e trabalhar mais e estudar mais e dar conta de tudo... mas não quero morrer por isso. Não quero morrer de trabalhar e nunca ter tido a chance de desfrutar de férias inesquecíveis. Não quero morrer de estudar e nunca ter conseguido fazer o que gosto. Não quero morrer e perceber que não fiz a minha vida valer a pena pra mim.

Sei que gosto do que faço e, por vezes, minhas reclamações soam vazias e agressivas. Mas também sei que gostar do que faço não é o suficiente, pois minha vida não pode se resumir ao meu trabalho.  Desde sempre venho priorizando o que eu deveria ser e não o que me faz mais completa, mais eu. O resultado desses anos atrás de dar conta das expectativas do mundo está aqui no meu corpo, no meu rosto, na minha cabeça. 

Não consigo me reconhecer porque essa não sou eu, não sou o que sonhei pra mim, não era pra ser assim. 

E as perguntas que nunca se calam dentro de mim são: Até quando eu vou viver assim? Por que eu nunca consigo fazer algo por mim? Por que eu sinto tanto medo?

Aprendi que tinha que agradar aos outros e mesmo sendo "a rebelde" estive o tempo todo tentando não fazer nada que fosse contrário ao que esperavam de mim... e hoje sinto o peso de querer ser sempre certinha. 

Só de escrever isso aqui já sinto os olhares repressores e as falas dos que acham que estou dramatizando. Dizem que exagero e que sou uma reclamona. Eles tem razão... o problema é que eu também tenho.

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