terça-feira, 4 de setembro de 2012

EL extraño

Vejo os mesmos olhos famintos de esperança, sorriso cínico e alegria artificial. Racionalmente falando, é distante e improvável, mas sempre foi e nem por isso foi impossível. 

Lá no fundo ainda vejo beleza nisso tudo, um pouco de saudade e carinho também. 

Tem dias em que as lembranças aparecem de todos os lados e tem dias em que me obrigo a lembrar... me faz bem, me faz sentir que ainda posso ter um "final feliz", me faz achar que pode dar certo mais uma vez. Ou me faz viver o contrário das alegrias, me leva a arrependimentos insinceros, capciosos, nostálgicos...

Treino falas, simulo discussões, ensaio a vida que queria ter na esperança de que ela venha a galope num cavalo de pelo brilhante. Queria milhões de palavras, um lugar sossegado e tempo livre para um diálogo aberto, um sorriso sincero e um sentimento recíproco. Queria por um fim no meu mundo imaginário e me desprender de tudo o que não é real. Ou não..

Pra quê viver o sonho? Pra sonhar com a realidade? 

Quero mais é andar por aí sem rumo nem conta para pagar. Sem me explicar nem me preocupar.

Tanta gente que eu mal conheço e outras que simplesmente desconheço, com um monte de rostos e corpos e dentes e olhos que me procuram e me acham e me descobrem sem que eu queira e/ou  perceba. 
Parem de tentar me decifrar, não sou código nem charada! Sou só alguém que não sabe direito quem é nem o que quer. E nisso não há nada...

Me pego pensando em perguntas corriqueiras e comuns ao cotidiano que a sobriedade dos dias mal dormidos mostra que não sei responder. Queria saber ou pelo menos poder perguntar. 

Quando foi que se estabeleceu tamanho desencontro em minha vida?

No fundo, só torço pro meu pessimismo quebrar a cara e se chocar com a realidade dos Contos de Fadas! Nem vou sofrer se estiver errada.

2 comentários:

Oi!

Seja bem vindo!!!

Sinta-se à vontade para comentar e não esqueça de se identificar!!!