domingo, 6 de outubro de 2013

Pesa, dê-lo

Depois de muito chorar, pedi a Deus uma resposta e ele me deu uma noite de sono. Ao acordar de manhãzinha, lembrei que era sábado e podia aproveitar mais da minha cama. Caí no sono mais uma vez. Quando saí do nível consciente, você entrou. Não estava te esperando. Minha casa não era a de hoje. Chão batido e madeira. Minha família tinha saído, mas não demoraria a voltar. Logo que te vi, nem pensei, fui atrás do abraço que tanto queria. Tentei falar, perguntar, explicar... nada. Tudo estava no seu devido lugar, não cabiam palavras. Não me disse onde estava nem porque resolveu aparecer. Eu estava feliz, feliz e receosa. Como sempre, não sabia o que fazer. Fui vivendo e agradecendo o momento. Ouvi um barulho, o movimento era claro, o pessoal tinha chegado. E como nunca tinha visto, tudo estava normal. Era eu quem não sabia que aquilo tudo era sempre assim. Eu que estava perdida, me achei rápido. Era tudo o que eu queria. Acordei com os olhos mais inchados do que de costume. Olhos que denunciavam minhas lágrimas. O coração ainda estava apertado. A esperança voltava a bater na minha porta, pedi a ela que esperasse um pouco mais. Não posso receber outra falsa esperança que se despede quando eu mais preciso. Levantei, escovei os dentes e fui tentar esquecer a vida que eu queria ter.

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